António Monteiro - Flor de Lis
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De facto, desafios e exigências caracterizam onze anos de atividade de um construtor de instrumentos musicais que procurou aconselhamento na qualidade de executor musical e o (agora) saudoso amigo Bruno Martins, construtor de guitarras em S. Félix da Marinha e também com dom de executante, lançou-lhe o repto para que construísse uma guitarra portuguesa para nela dedilhar e dela soar aquilo que propunha como composição. E assim moldou a sua primeira guitarra portuguesa, assim construiu o seu primeiro instrumento musical. Um desafio que António Monteiro, então marceneiro, encarou com perplexidade e determinação, mais perplexo ainda pela sua primeira obra, resultante de mais determinação nas peças que se têm seguido desde então, com motivação crescente e exigência ilimitada.
António José Monteiro, um autodidata em busca da perfeição, construindo violinos, guitarras Portuguesas, a família dos bandolins e outros instrumentos, todos com a flor-de-lis embutida, como marca personalizada. E até a figura da flor-de-lis tem de ser perfeita! “Fui escuteiro durante 28 anos e esta é uma das razões pela qual a flor-de-lis é a marca dos meus instrumentos, porque a flor-de-lis é o símbolo mundial do escutismo e tem um grande significado para mim.” Filho de agricultores (o quarto de seis rebentos), António José Monteiro também gosta de ténis e de ler (por exemplo, Mia Couto e Camilo Castelo Branco). Nascido a 17 de Outubro de 1964, em Travanca – Cinfães, vive em Grijó desde 1969, onde os progenitores “tentaram uma vida melhor”, mas face às “dificuldades da vida”, encetou atividade de marceneiro aquando da primeira dúzia de anos da vida que ainda tinha um dom para revelar: o de construtor de instrumentos musicais. “Respeito o Luthier do mais renomeado ao mais modesto, mas prefiro a denominação de construtor de instrumentos musicais, com os desafios de quem acredita em mim e as exigências de qualidade que eu próprio imponho e certifico com a flor-de-lis.” |
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