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Francisco Lima

Francisco Lima nasceu no Porto em 1981. Desempenha neste momento a função de baterista profissional (freelancer) e professor de bateria e percussão. Após ter concluído a sua licenciatura em Recursos Humanos dedicou-se ao estudo e desenvolvimento de práticas pedagógicas na área musical baseadas no coaching.

Estuda bateria desde os seus 15 anos e tem desenvolvido o conhecimento do instrumento desde então. Frequentou desde essa mesma idade várias escolas de música, evidenciado a Valentim de Carvalho e o Atelier de Percussão do Porto. Ao longo deste período de aprendizagem a componente prática não foi esquecida, tendo para isso contribuído a passagem por várias bandas dos mais variados estilos musicais e muitas atuações ao vivo, destacando-se concertos na Casa da Música, Coliseu do Porto e Fundação Serralves.

Em 2007 fez parte dos cinco finalistas do concurso nacional – Musicland Drummer Festival. Trabalhou com várias bandas, tais como Zebra, Cupido, Humus, Impulso Nativo, Bruno Ferreira Trio, The Bigger Banger Theory, Giovanni Goulart Trio, entre outras, de onde resultaram vários registos discográficos, gravações e concertos ao vivo.

Foi responsável e coordenador do projeto “A Bateria Vai à Escola”, tendo como público-alvo os alunos das escolas básicas do 1º ciclo. Participou no 1º Festival de Percussão e Bateria de Lavra (Porto), e coordenou as restantes edições até aos dias de hoje, sendo atualmente um festival internacional e dos mais relevantes a nível nacional na área da bateria e percussão.

Em 2010 desenvolve e leciona o workshop de bateria – “Conversas Rítmicas com Francisco Lima”. Nesse mesmo ano termina ainda o 5º Curso de Animadores Musicais da Casa da Música, onde trabalhou com Carlos Malta, Sam Mason, Tim Steiner, Paul Griffiths, entre outros. Ainda nesse ano, grava o EP - Zebra "A Preto e Branco".

Em 2011 torna-se professor e formador do Atelier de Percussão do Porto, onde foi formador do projeto curricular "Tem Tom?!". Nesse mesmo ano faz uma tournée de 10 workshops ao longo de todo o país, intitulado: Expressão do Ritmo (Dentro de Nós?).

Recentemente desloca-se a Frankfurt para continuar o seu estudo da bateria, neste caso com um grande nome mundial deste instrumento - Claus Hessler, com o qual teve aulas privadas.

Em 2013 desenvolve e leciona uma nova formação para bateristas e percussionistas intitulada: Expressão do Ritmo Vol.2 - “Words and Rudiments”. Neste momento ocupa o cargo de professor e formador no Atelier de Percussão do Porto, Escola de Música de Lavra e Escola de Música e Bailado Alberta Lima. Continua a trabalhar com diversos projetos musicais, onde realiza várias sessões de estúdio e concertos ao vivo. Desenvolve ainda práticas de Team Building e Liderança baseadas num contexto musical para aplicação a grandes grupos e organizações.

É endorser das marcas Taye drums, Sabian Cymbals, Pro-Mark Sticks e Evans Drumheads. 

Ligações

URL: www.franciscolima.eu

email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar." target="_blank">Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Francisco Mendes Lima

 facebook.com/franciscomendeslima


Cati Freitas

Cati Freitas

Cati Freitas é de Braga e tem 28 anos, mas bem podia vir de qualquer outro local do Mundo, porque o seu talento não se contenta com as nossas fronteiras. Cati escolheu o Brasil como inspiração, embora à sua equação geográfi­ca pessoal acrescente ainda o calor de Cabo Verde e a imensa paisagem americana do jazz clássico.

O passar do tempo proporcionou a Cati Freitas a aquisição de significativa experiência de palco e de estúdios com a participação em vários projetos com outros artistas no panorama nacional, nomeadamente: Expensive Soul & Jaguar Band, Rui Veloso, Nu Soul Family, Link, Dino D'Santiago, Sara Tavares, entre outros.

Recolhendo influências da MPB, da intemporalidade acústica do jazz e das refinadas vozes de gente como Elis Regina, Chico Buarque ou o nosso Paulo de Carvalho, tudo gente com uma noção precisa de estilo que lhe ensinou que a voz resulta também de uma procura interior, Cati Freitas ambicionou sonhar com o Dentro, depois de descobrir o trabalho do produtor Tiago Costa, que no seu currículo conta com participações em Vento em Madeira, Maria Rita, entre muitos outros nomes.

Sem esperar por nenhum tipo de oportunidade, Cati avançou ela mesma para um contacto com o produtor Tiago Costa, e em Janeiro de 2011, viajou até ao Brasil onde gravou a primeira metade de Dentro, trabalho que concluiu no Verão de 2012. «O disco ficou como eu queria», garante, «e eu quero encontrar-me no meio destas influências, cantando em Português de Portugal, sem precisar de fazer nenhum acordo fonográfico». Para escolher o repertório que integra Dentro, o seu álbum de estreia, Cati elegeu 13 temas onde se incluem três originais da sua autoria: «Maldizer», «Alma Nua» e «Menina Vida é Flor». Tiago Costa preparou para ela uma moldura acústica de superior elegância, uma sombra que permite que a luz da sua voz brilhe de pleno direito, sem truques, sem artifícios, mas com uma alma imensa a que é impossível fi­car indiferente. Cati Freitas quer mostrar o que tem Dentro, aos outros e a si mesma. O véu começa a ser destapado. E podem apaixonar-se à vontade...

Vinicius de Moraes, Edu Lobo,Chico Buarque, Dani Black, Rodrigo Amarante, Pedro Altério e Marcelo Camelo são nomes que assinam temas presentes no alinhamento do seu álbum.

A escolha de repertório já envia uma mensagem de sofisticação, por um lado, mas também de atualidade. A língua portuguesa é trabalhada com requinte, dando especial enfoque à mensagem. Descobrir a voz é afinal a razão mais funda de Dentro.

Além da visão, da determinação de ir à procura dos músicos certos para trabalhar, Cati exibe ainda a segurança da sua própria identidade.

No disco conta com Tiago Costa no piano e nos arranjos, Cuca Teixeira na bateria, Sylvinho Mazzucca no contrabaixo e Felipe Roseno nas percussões, Dentro é uma viagem ao íntimo de Cati Freitas que afirma aqui, uma voz segura, doce e quente, madura e sabedora das curvas e contracurvas que as melodias exigem, capaz de ser subtil e forte na mesma frase. Ao vivo o naipe de músicos que a acompanha é também de primeira água.

Cati Freitas é uma cantora de corpo inteiro e Dentro, o melhor cartão de apresentação que se poderia pedir-lhe. Sobre uma paisagem elegantemente acústica, entre a tradição e a modernidade, o que nos mostra é de uma total sofisticação que garante estarmos perante uma revelação.
 

 

 

 

Cati Freitas - Sobre o CD Dentro

Ligações:

URL: www.catifreitas.com

Cati Freitas - Maldizer

Cati Freitas - Altar Particular

Cati Freita - Menina vida é flor

 

 

Andre Sarbib

Andre Sarbib - Musico/compositor

André Sarbib é um pianista português de jazz, filho do pianista francês, Roger Sarbib, conhecido, entre outras coisas, por ter acompanhado vários ícones da canção francesa, nomeadamente Edith Piaf, Charles Trenet e Maurice Chevalier.

Falar  de André Sarbib é falar de um dos mais prestigiados músicos do panorama Português no campo do Jazz e não só.  Para fundamentar a evidência seria suficiente aludir aos grupos e bandas que formou. Mas o melhor historial que este pianista autodidata pode exibir é a sua colaboração com músicos como: Joe Lovano, Barry Altschul, Ivan Lins, Carles Benavente, Ruben Dantas, Alice Day,Jorge Rossi, Shaeb Sarbib, Carlos Carli, Jorge Pardo, Javier Colina, Joaquin Chacon, Paulo de Carvalho, Rão Kião, António Serrano, Leonardo Amuedo, entre muitos outros. A esses trabalhos podemos juntar-lhe as suas contribuições em concertos e gravações de músicos e cantores de primeira linha no panorama português e internacional.

Participou no 1º Festival de Jazz do Funchal (Madeira), onde é diretor artístico. Em 2001 atuou no 5º “Matosinhos em Jazz” com o quarteto, juntamente com Joe Lovano, Barry Altschul  e Saheb Sarbib. Atuou em 2008 no Festival de Jazz de Madrid, com Ivan Lins e Antonio Serrano. Em Janeiro de 2009 realizou o concerto de apresentação com todos os músicos e convidados do seu último trabalho discográfico “this is it”, na Casa da Música (Porto), com um enorme êxito. Entre os músicos que o acompanham neste CD conta com Bernardo Moreira no contrabaixo, João Moreira no trompete e no flugelhorn, João Cunha na bateria e ainda António Serrano, um conjunto de grandes músicos que dão aos temas uma emoção musical única.

Em Maio de 2009 atuou no Festival da Música da Maia e no Teatro Salasiano de Vigo inserido no Festival de Jazz da La Fundacion Pedro Barrié. Em Janeiro de 2011 atua com António Serrano no “Iberojazz” na Coruña. Tem tido variadas atuações no estrangeiro como: “Festival de Jazz em Nocera (Itália), Festival de Jazz de Bari(Itália), Festival de Jazz em “Hardstad” (Noruega) Festival de Jazz ”Turino” (Itália), Festival “Warszawski” Skrzyzowanie, Kultur (Warsóvia “IberoJazz” Curuña (Espanha)), ”BlueNote” Milano (Itália), Midnight Sun Festival “Lartsy” (Finlansdia), Jazz Club ”Mistura Fina” Rio de Janeiro (Brasil),etc.

André Sarbib é atualmente o pianista do grande músico e compositor Brasileiro Ivan Lins.

Ligações:

URL: www.andresarbib.com

André Sarbib - "Asas"

André Sarbib - "Voando Alto"

André Sarbib - "Alma Eterna"

Critica World Music Artigo DN - Madeira 



 

Serenata ao Fado

Serenata ao FadoSerenata ao Fado

Apoiado pela Reitoria da Universidade do Minho e pela Associação de Antigos Estudantes da mesma universidade, o Grupo de Fados e Serenatas cumpriu com êxito o espectáculo «Serenata ao Fado» no pretérito dia 12 de Abril, no Theatro Circo, com casa cheia.

As individualidades e os grupos convidados corresponderam em presença a uma iniciativa cuja organização há muito se impunha e cujos resultados serão repercutidos no futuro. Braga assistiu a um espectáculo de memórias e de promessas, promovido com generosidade e com entusiasmo e vivido com elevado nível de adesão.

Braga mereceu e merecia este espetáculo, até porque é uma cidade onde vivem alguns tocadores de guitarra e alguns intérpretes de apurada técnica e longo historial.

O Fado de Coimbra foi a menina dos olhos de toda a gente, foi o género musical em ação, foi o estilo de vida em palco. O país ainda se revê nestes códigos ou sistemas culturais de produção musical, não só por eles terem muitos anos de formação e de desempenho, mas sobretudo por eles espelharem modos de vida e filosofias da arte que asseguram a vitalidade cultural de largos setores sociais, especialmente a juventude universitária. O Fado enquanto género musical assume, no nosso país, duas representações distintas, quer na execução técnica, quer na inspiração temática, que se enquistaram na identificação de Fado de Lisboa e Fado de Coimbra, dando, inclusive, justificação ao fabrico diferenciado das guitarras e à sua afinação e técnica de execução.

Foi bom e bonito e proveitoso termos estado em presença de grupos intérpretes e criadores do Fado de Coimbra, alguns deles mais do que herdeiros de uma tradição de tocar e cantar o fado, na medida em que não só a repetem como a transformam e recriam e projetam. Foi pena a ausência de Almeida Santos, mas a sua carta de justificação potenciou os factores das memórias e da história desta modalidade musical.

Serenata ao Fado - Vista Geral de Palco
O fado de Coimbra estriba-se numa história da música portuguesa a partir de alguns argumentos que se mantêm dinâmicos: resulta de uma tradição de cantar e tocar a guitarra que se «opõe», em técnica, em ritmo e em temáticas, ao fado de Lisboa; mantém viva a dinâmica da palavra sobre a do ritmo, apurando a técnica vocal a partir dos modelos de formação erudita; estrutura-se numa técnica de execução da guitarra que concilia inventividade melódica e de acompanhamento, dando importância pessoal e de grupo ao desempenho de «variações» ou peças instrumentais, criações de autor.
O programa do espetáculo teve as preocupações de mostrar uma carta bem recheada de fatos musicais, alguns na linha da tradição pura e dura, outros já com linhas evolutivas e tendências experimentais. O público teve a oportunidade de verificar que se respeita um cânone de tradição e que esse cânone mexe, move-se. Em suma, o programa quis mostrar que é bom que os velhos e os jovens aprendam e repitam, é bom que recriem e criem, é bom que respeitem e que se atrevam.
O Grupo Presença de Coimbra (constituído por Manuel Borralho, um mestre com escola já em Braga, e José Ferraz – guitarras – Manuel Gouveia – viola – e Jorge Cravo – voz) fez a abertura do espetáculo e deixou bem patente a sua dinâmica de renovação e procura de novos caminhos, quer em termos de escolha poética, quer em termos de construção formal. A fuga ao lugar comum e ao modelo mais simples requereu um elevado desempenho técnico e um aproveitamento das potencialidades instrumentais aos intérpretes, que se mostraram à altura, mas que teriam beneficiado com um melhor equilíbrio da ampliação sonora.

O Grupo Serenata de Coimbra juntou algumas individualidades que marcaram a história do fado, quer como intérpretes, quer como compositores, com destaque, naturalmente, para Luís Goes, sem desprimor para os outros. Nas guitarras, a presença de João Moura, outro mestre que fez já escola em Braga, e Alexandre Bateiras, trouxeram a técnica de execução instrumental mais intensiva, ao estilo Carlos Paredes, os intérpretes foram uma variada escolha de timbres e de posturas, mas Luís Goes aproveitou bem a oportunidade de mostrar essa linha já consagrada do Fado de Coimbra como canção de intervenção cívica, a aproximar-se de formas mais eruditas ou mais exigentes, até quando parecem simples e já estão no ouvido de todos.

Serenata ao Fado - Capa

Memórias de José Afonso e de Adriano e de Luís Goes foram trazidas ao palco para confirmarem uma história de marcos evolutivos no Fado de Coimbra, nesse lastro comum que se fez a partir de canções populares das Beiras e a partir de canções de protesto e de intervenção, com a consagração das variações instrumentais, demonstrações de técnica e de composição. Toda uma história mostrada num coletivo de vozes, o Coro de Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, com o piano, as guitarras e as violas, numa harmonização potenciadora dos impactos melódicos, ora na voz dos intérpretes singulares, ora nas intervenções corais, com momentos divertidos de composição naturalista como aquele composto de assobios, vozes de aves e sons de rua. Toda a criatividade está ao alcance dos intérpretes, é bom não esquecer, e todos têm a ganhar com a imaginação livre dos sons e das suas funções.

Por último, os grupos da cidade. Primeiro, o Grupo de Fados de Antigos Estudantes das Universidades de Coimbra, Porto e Minho, onde as guitarras de Domingos Mateus e de Luís Cerqueira e a viola de Luís Veloso se alcandoraram a um notável desempenho, e onde as vozes, na sua diversidade de timbres e de empenhos, demonstraram os prazeres da variedade, mas onde Napoleão Amorim se expôs com toda a sonoridade intacta dos seus primeiros anos e ao mais já conta 84, confirmando essa característica peculiar destes eventos: mostrar em idade avançada a vitalidade de registos sonoros que marcaram a juventude.

Depois, o Grupo de Fados e Serenatas da UM: os jovens que asseguram a atual formação estiveram impacientemente no seu melhor, acusaram o toque da responsabilidade, mas demonstraram o essencial: aprenderam bem com os mestres, interiorizaram os cânones da tradição, agora predispõem-se a enfrentar o futuro sem complexos formais. Todo o caminho de criatividade os espera, todo o caminho de identidade os há-de julgar, todos os caminho de facilidade os poderão trair.

Uma palavra de louvor ao trabalho de mobilização levado a cabo pelo Jaime Leite, uma figura incontornável no movimento associativo e neste desenvolvimento do Fado de Coimbra em terras de Bracara Augusta, esta cidade que não deve pôr de parte a ideia de contribuir para um «fado» seu, tantas são as suas peculiaridades de influência.

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