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A rolha da garrafa do rei d’aonde?

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Chegou a hora mais desejada do dia para a trupe de artistas itinerantes que acompanha o Grande Ivan, cantor de tão grande gabarito como a grandeza da própria mãe russa: a hora do almoço. A seu lado, Dmitri Lunatikov, um distraído violinista que saíu de um quadro de Chagall e não voltou a encontrar o caminho para a tela, e Maria Roliçova, gentil dançarina e comediante e cozinheira e carregadora e… faz tudo
Prontos para almoçar, há-de surgir-lhes uma oportunidade inesperada: público! E é aí que, subitamente, uma rolha vai mudar para sempre a vida de Ivan. Ou não fosse aquela, a rolha da garrafa de um rei! De um rei? Mas de um rei d’aonde?

A Rússia inteira o ajudará a encontrar a solução, ao som de Prokofiev, Shostakovitch, Tchaikovsky e muitos outros génios da música com nomes ainda mais difíceis de pronunciar do que estes. A Rússia e… o público. Ah, sem a ajuda do público, Ivan nunca mais será capaz de encontrar a garrafa. Sim, claro: o público também entra!!!!

 

Grande Ivan – Mário João Alves
Maria Roliçova – Ângela Marques
Dmitri Lunatikov – David Wyn Lloyd
Ideia Original - Ângela Marques e Mário João Alves
Texto – Mário João Alves
Encenação – Ângela Marques e Mário João Alves
Concepção e coordenação – ÓPERA ISTO
Figurinos – Paula Cabral
Desenho de Luz – Nuno Almeida
Direcção de Cena – Ana Paula Sousa
Co-produção Casa da Música / Ópera Isto

 

 

A rolha das nossas próprias garrafas.
Para um músico, a Rússia é um amigo indispensável:
Prokofiev, Shostakovitch, Tchaikovsky, Stravinsky, encabeçam uma longa lista de vultos ímpares e indispensáveis de conhecer.
Se passarmos à literatura, ao teatro, à pintura o caso é também flagrante:
Tolstoi, Dostoievsky, Gogol, Chagall, Tchekov, Stanislavsky.
Porém, como se não bastante, a Rússia é também um país rico de mitos e lendas, e o seu universo de contos tradicionais é uma fascinante reserva de figuras fantásticas e universos longínquos. Assim, quando iniciamos a preparação deste novo projecto, o primeiro passo foi vasculhar esse baú rico e gelado.

 


ESTA ROLHA
Este terceiro projecto da Companhia ópera isto, surgiu de um convite do Serviço Educativo da Casa da Música, no Porto, em virtude do ano da Rússia, assinalado por aquela instituição.
A companhia optou por navegar num registo algo diferente dos anteriores projectos. Para isso, juntaram-se ao cantor Mário João Alves, a actriz Ângela Marques e o violinista David Win Lloyd.
Do imaginário tradicional vieram a bruxa Baba Yaga e a bolinha que guia os viajantes ao seu destino. Do imaginário pictórico veio o violinista de Chagall. Do universo musical vieram Pedro e o Lobo e Lieutenant Kijè de Prokofiev, canções de Shostakovitch e Katchaturian, o Vôo do Moscardo de Rimsky- Korsakov e alguns trechos tradicionais.
Surgiram depois os textos e algumas músicas originais para dar vida à aventura da trupe formada pelo Grande Ivan, Maria Roliçova e Dmitri Lunatikov.
E depois deu-se-lhes forma, na demanda da garrafa mágica. Sim, porque o único donativo que o público depositou no chapéu de Maria Roliçova foi uma rolha!


UMA ROLHA: PRA QUE NOS SERVE UMA ROLHA?
“Para rolhar!”, responde Ivan. E será verdade, pois claro. Mas aqui, a rolha serve para nos ensinar algo de que muitas vezes nos esquecemos no frenesi dos dias. A viagem que Ivan é forçado a fazer através da Rússia, revela-lhe um ensinamento importante, cantado na canção que fecha o espectáculo:
As coisas importantes
Que perdemos tanto tempo a procurar
Quase sempre estão bem perto
E é fácil encontra-las
Sem sairmos do lugar
Peguemos nas nossas rolhas e façamos a nossa viagem.

 

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