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Tuna Estudantil

Tuna Estudantil, essa ilustre desconhecida, tão embebida que é, actualmente, em "tradições" de duvidosa índole, em mitos cavalgados até à exaustão e em percepção errónea por parte da comunidade civil, numa perspectiva distorcida.

A Tuna Estudantil é, ainda hoje, uma ilustre desconhecida da esmagadora maioria dos portugueses. A mais me atrevo, desconhecida dos seus próprios actores, num tempo onde o efémero da «ilusão de um instante» continua, nesciamente, a vingar sobre a perenidade da História.

Sempre houve estudantes brigões e provocadores, cantores de ocasião e perturbadores da ordem pública e do descanso alheio; sempre houve escolares apaixonados que escolheram o recato da noite para dar livre expansão aos seus sentimentos debaixo da janela da amada. O que não houve foi tunas. Não há até finais do séc. XIX formas de associação estudantil minimamente comparáveis às tunas. O que desfaz o mito de que as tunas nasceram "há 5 séculos atrás". E este é apenas um dos mitos que está, hoje, desmontado. Entre muitos outros.

Fenómeno musical por excelência, praticamente multitudinário, com raízes fundadas no seio popular e que, no caso português, são importadas para o meio estudantil, que lhe vai dando à medida dos tempos e da circunstâncias sócio/politicas, um determinado carácter.

Evolução

A sua evolução teve etapas distintas consoante os pontos cardeais onde esta expressão se fez sentir: Desde as Estudantinas clássicas que ainda hoje persistem na Europa Central, passando pela influência da Estudiantina Figaro - único fenómeno que atravessa transversalmente o tema desde a Europa à América Central e Sul - indo às Estudiantinas de Acetato e do interesse da industria de radiodifusão Norte-Americana por este fenómeno, nomeando a tradição tuneril centro e sul Americana, passando pela influência da Tuna Espanhola no nosso mais recente paradigma tuneril português e terminando na nossa própria tradição tuneril oriunda de finais do Século XIX, com as tunas dos Liceus Nacionais então a despontarem no dealbar do Século XX.

De facto, o fenómeno que mais nos influenciou no ressurgir desta expressão musical no seio estudantil universitário nos anos 80 do Século XX - hibernado que esteve por cá num hiato de quase 70 anos, onde apenas a Tuna Académica da Universidade de Coimbra e a Tuna do O.U.Porto existiram, em períodos de mais ou menos fulgor - foi a Tuna Espanhola a quem importamos muitos dos traços quer genéticos, quer iconográficos, misturando aqui e ali traços das nossas vetustas tunas de fins do Século XIX e adaptando o fenómeno aos tempos, numa evolução que - bem ou mal - ainda será caso de estudo nos tempos mais próximos.

A Estudantina ou Tuna Estudantil - é a mesma coisa, não há diferença alguma - teve várias evoluções ao longo dos tempos e Portugal não fugiu a tal regra, naturalmente. Contudo, em períodos mais ou menos definidos, a Tuna Estudantil afastou-se do paradigma musical com mais ou menos ênfase e consoante essa mesma evolução e contexto. Não deixa de ser curioso observar que nas tunas populares, p.ex, que ainda hoje existem, os reportórios incidiam não em temas populares portugueses mas antes em música erudita ou clássica, tocada «de ouvido» por quem não tinha formação musical para reproduzir partituras: A Chotiça não é mais que um aportuguesar da Scotish, por exemplo.

O mundo da Tuna Estudantil

O mundo desconhecido da Tuna Estudantil portuguesa é imenso, está ainda por explorar devidamente por parte do leitor, mesmo que existam hoje, já, estudos e trabalhos científicos de grande relevância que vão recolocando a Tuna Estudantil na senda da verdade histórica - tão deturpada que foi nos últimos 30 anos grosso modo - e que, ao estudá-la, permite uma completa e renovada visão da sua autenticidade, importância cultural e génese musical que detém efectivamente, descolando assim da imagem tão «martelada» que foi erradamente transmitida desde o seu ressurgimento nos anos 80/90 do Século passado.

Como bem diz Rafael Asencio, reputado investigador espanhol, ao jornal Información de Alicante, "No Século XIX entrar numa Tuna dava prestigio".

É esse o desafio que se coloca, hoje: Perceber quão válida é tal afirmação.

Ricardo T.

Gonçalo Pereira

Gonçalo Pereira é natural de Lisboa e é Musico, compositor, produtor e professor de guitarra e formação musical.

Tocou na banda do Paulo Gonzo, aquando o sucesso do single “Jardins Probidos”, foi produtor musical da Rita Guerra e tocou, também, com muitos outros artistas como Lúcia Moniz, Adelaide Ferreira e André Sardet.

Neste momento, toca com Michael Carreira e dedica parte do seu tempo também a tocar covers bares e eventos com Ricardo Almeida.

Moi-te

Bruno Estima

Bruno Estima

PERCURSO ACADÉMICO

Bruno Estima iniciou os seus estudos musicais aos 7 anos com o Prof. Jorge Lee e a Prof. Joaquina Lee, entrando em 1991 para o Conservatório de Música de Aveiro em piano, onde concluiu o 4º grau em 1995, ingressando posteriormente na Escola Profissional de Música de Espinho em Percussão.

Em 1999, ingressa na Universidade de Aveiro na Licenciatura de Música (ensino de) Percussão, concluída em 2005.

Durante o seu percurso académico frequentou vários estágios de orquestra como:”Bracar Augusta 98′ e 99′; OEPM 98′ e 00′; Orq. da Escola de Música de Espinho; Jornadas da Nova Música-Aveiro 99′ e 01′.

Frequentou workshops orientados por Pedro Carneiro, Miguel Bernat, Arthur Lipner, Conny Kadia, Alexandre Frazão, Denis Riedenger, Oliver Pelegri e Philippe Spiesser.

Em Março de 2001 ganha a bolsa “Yamaha Scholarship Award 2001-Portugal”. E finalmente, como baterista do Chão Nosso obteve o 1º lugar no concurso ”Arena Rock Café” em 200 e o 3º lugar no concurso Rolland/SuperBock Music Challenge 2004.

Em 2007/2008 frequentou o Curso de Animadores Musicais da Casa da Música Porto.

Em 2008 frequentou o Curso de Teatro Amador da Companhia de Teatro Efémero – Aveiro.

PERCURSO PROFISSIONAL

Professor/Educador

Em 1999 inicia a prática pedagógica na Escola da Filarmónica União de Oliveira do Bairro; em 2000 passa a lecionar no ensino oficial no Conservatório de Música da JOBRA até 2010.
Em 2003 inicia a docência em percussão na Escola de Artes da Bairrada onde ainda continua. Em 2004 orientou workshops de percussão através do INATEL em Leiria, e em 2005 na Ilha do Pico e do Faial.
Desde o ano letivo 05/06  que é professor orientador dos estágios da Licenciatura de Percussão da Universidade de Aveiro.
Desde o ano letivo 09/10 que faz parte do Factor E do Serviço Educativo da Casa da Música – Porto, onde tem sido co-autor de workshops como “Postais do Portugal Sonoro”, “Missão Em-possivel”,  “Não! Sim! Som!”, “Inspector Ritmicais” e BebéGrigri, tendo também participado em vários projetos/concertos como “A Casa sobre Rodas”, “O que é o Gamelão” , “GugaguiGong” e “PerlimpimPUM”

Percussionista/Performer

Desde 1999 que faz reforço na Orquestra Filarmonia das Beiras; integrou a formação do grupo Interpercussão da Universidade de Aveiro de 1999 até 2005.

De 2000 a 20007 fez parte da banda pop Chão Nosso como baterista, com a qual gravou uma maqueta e o 1º álbum. 

Entre 2001 e 2005 fez parte do projeto Bach2Cage;

Em 2003 inicia um projeto pessoal Beat2beat (duo de percussão com António Bastos).

Em 2005 organizou o primeiro concurso de caixa nacional e no ano seguinte faz surgir o “tum-pa-tum-pa” que engloba o 2º concurso de caixa e o 1º de bateria.

Em 2007 cria em conjunto com mais 3 professores da Escola de Artes da Bairrada o projeto “Bolling Quartet”.

Em 2007 oficializa o projeto Crassh. Um trabalho contínuo com alunos, que abandonou as paredes da sala de aula.

Em 2010 integra a Orquestra de Gamelão da Casa da Música – Porto.

Com estes projetos já participou em performances em salas de espetáculos de Portugal, Espanha e França inseridos em festivais nacionais e internacionais e em performances televisivas.

Ao longo destes anos tem ainda integrado vários programas da Orquestra das Beiras, Orquestra Nacional do Porto e Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Ligações

URL: www.brunoestima.com

URL: www.crassh.pt

Escola de Música Tradicional CCR Alto do Moinho

Escola Alto do MoinhoEscola de Música Tradicional Centro Cultural e Recretivo do Alto do Moinho

Localizada a sul do Tejo, na freguesia de Corroios, concelho do Seixal, a escola funciona neste momento nas instalações do Pavilhão Municipal do Alto do Moinho, através do Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho.

É um projeto idealizado por músicos de formação distinta na área da música, e começou a sua atividade no ano de 2012.

A Escola de Música Tradicional do CCRAM tem como principal objectivo colmatar a falta de um ensino académico nos instrumentos de cariz tradicional na região, oferecendo assim uma forte componente teórica através da disciplina de formação musical que abrange diversas matérias tais como o estudo de harmonia e instrumentação.

A escola funciona como uma plataforma de ensino sólida e de referência na música tradicional em Portugal, através do ensino académico de instrumentos de raiz tradicional, uniformizando o seu ensino com uma aproximação aos planos curriculares dos conservatórios de música nacionais e escolas de jazz.

A médio e longo prazo será criado um grupo no seio da escola que representará a mesma, nesse sentido apostamos fortemente na aula prática de combo, onde os alunos dos diversos instrumentos existentes no nosso plano curricular, devidamente orientados pelos seus professores, poderão trabalhar e interpretar temas do nosso cancioneiro tradicional, nunca descurando arranjos mais contemporâneos. A par deste grupo existe também um coro, que conta neste momento com cerca de 18 elementos. Este coro é orientado pela professora Sofia Portugal.

Escola Alto do Moinho - CapaAs aulas funcionam nas vertentes de grupo (Curso Geral) e particular (Curso Livre), estas englobam a disciplina de formação musical que desenvolve matérias como teoria musical, solfejo, treino auditivo, instrumentação, acústica e harmonia popular, assim como aulas complementares de outros instrumentos (ex; o aluno de gaita de fole tem como complemento a percussão).

Os instrumentos lecionados são: Gaita-de-fole, Sanfona, Acordeão e Concertina, percussões tradicionais portuguesas, cordofones tradicionais portugueses, canto, coro, etc.

Outro dos grandes objetivos da escola é promover o encontro de tocadores assim como criar condições para que palestras, conferências e outro tipo de atividades decorram no seio da escola, tendo sempre por matriz a música tradicional portuguesa. Nesse sentido pretendemos que seja um polo congregador dos agentes da música tradicional no nosso país (músicos, investigadores, construtores), estando aberta a solicitações para que eventos variados tenham lugar nas suas instalações.

Corpo Docente:

Tiago Morais – Gaita de fole (Coordenação Pedagógica)

André Ventura – Gaita de Fole

Marlon Valente – Acordeão e Concertina

Sofia Portugal – Canto Tradicional/ Coro/ Formação Musical

Sebastião Antunes – Canto Beirão e Adufe

Rita Nóvoa – Percussão Tradicional Portuguesa

Luís Peixoto – Sanfona, Bandolim, Cavaquinho, Bouzuki

Gonçalo Almeida – Cordofones Tradicionais Portugueses

Carlos Sanches – Guitarra Portuguesa

Hugo Mariani – Viola Clássica

Contactos

Telefone: 968966405

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Ligações

URL: www.ccram.pt

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