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Quarteto Contratempus

Quarteto Contratempus - Querela dos GrilosQuarteto Contratempus

O Quarteto Contratempus, fundado em 2008, é constituído por Soprano, Clarinete, Violoncelo e Piano. Dedica-se à interpretação e divulgação de música contemporânea, e estreou já várias obras de compositores portugueses. Neste momento está focado no novo projeto dedicado exclusivamente à música portuguesa encenado por António Durães. 

O projeto chama-se A QUERELA DOS GRILOS, é apoiado pela DGARTES e está em digressão pelo país. A Querela dos grilos é uma ópera buffa e tem a particularidade de ter a participação do público durante a performance.

Além de tentativa de proliferar uma ópera mais fresca, acessível a cada vez mais público, também se procura que o público saia de cada espetáculo com a sensação de que realmente se divertiu.

A estreia ocorreu a 3 de Janeiro em Esposende, Braga, e foi um sucesso com casa cheia.

Ficha Técnica:

Encenação

Soprano Barítono Clarinete Violoncelo Piano Desenho de Luz Figurinos

António
Durães

Teresa
Nunes
Job
Tomé
Crispim
Luz
Susana
Lima
Brenda
Hermida 
Mariana
Figueroa
Inês Mariana
Moitas
Quarteto Contratempus - Querela dos Grilos Quarteto Contratempus - Querela dos Grilos Quarteto Contratempus - Querela dos Grilos Quarteto Contratempus - Querelo dos Grilos

Próximas apresentações agendadas:

21 fevereiro 28 fevereiro 14 março 19 março 30 abril 30 maio

Teatro do Campo Alegre (Porto)

Teatro Ribeiro Conceição (Lamego) Teatro Sá de Miranda (Viana) Conservatório Superior de Vigo Conservatório de Coimbra Teatro Volarinha (Porto)

Ligações:

Querela dos Grilos - Teaser

A Querela dos Grilos - Ficha Informativa

  Download de Ficha Informativa

Em memória do Sr. João Peixoto

José MachadoEm memória do Sr. João Peixoto

Vou-me embora, vou partir,
Ó amor dos meus carinhos,
Vou-me despedir de ti,
Quero-te dar dois beijinhos!

No dia 2 de Janeiro deste ano de 2007, por doença incurável, faleceu o Sr. João Peixoto, nosso associado desde 1992, quando já tinha a bonita idade de 65 anos e ainda pensava que o lugar de tocador de bombo na tocata do Grupo Folclórico e Etnográfico de Palmeira lhe podia encher os dias e as memórias para netos e bisnetos. E assim foi durante 14 anos, que hoje se recordam como dias felizes, com ensaios e saídas de entusiasmo, em tarefas de contínua predisposição para o serviço e para a partilha das responsabilidades.

O Sr. João Peixoto, filho de Abílio Peixoto, pedreiro de ofício, e de Maria Fernandes Rodrigues, naturais e moradores no lugar de Lamela, nasceu em 6 de Maio de 1927, teria completado este ano os 80 e bem os merecia se Deus não o tivesse chamado a Si. Era o nosso associado 107, mas antes fora o sócio nº 250, que é esta a sina de uma associação, crescer e decrescer, numerar e renumerar os seus associados, conforme as vicissitudes da vida e das ideias de cada um.

Casou no ano de 1952 com Alzira de Jesus Rodrigues, tiveram 3 filhos, o Adélio, a Maria da Conceição e o Manuel, este falecido em circunstâncias dramáticas e ainda hoje dolorosas. Quatro netos e uma bisneta completavam a sua família na hora do falecimento.

Quando morrem os velhos, nós ficamos mais velhos também. E dizemos velho com esta intenção de dizer que velho é o Sol e não passamos sem ele, porquanto é na sua velhice que encontramos o sustento das novidades. Por força do Sol, ficaram também os velhos com esse papel de transmissores e de sustentadores das novidades, não para as poderem prever, mas para as poderem tornar mais compreensíveis, num rol de recomendações e de cautelas que os novos não apreciam, dispostos ao improviso contínuo das novidades. Mas o passar dos anos vai-nos dizendo que olhar para trás ajuda a olhar para a frente.

Morreu o velho amigo senhor João, o tocador de reque-reque, a presença completa da humildade enquanto pessoa, o homem de total disponibilidade para os outros naquilo que as suas forças permitissem, porque de vontade própria nunca via entraves às tarefas que obrigassem a vida a seguir um rumo. Foi toda a vida um homem da construção civil e do amanho da terra, sendo esta, desde que construíra a sua casinha na Rua das Flores, ali no lugar de Valinhos, um quintal de novidades nas quais se apoiava o orgulho das árvores de fruto, a figueira, o diospireiro, as laranjeiras, as macieiras.

Morreu o senhor João da Zirinha do Barraco, assim era a nomeada deste homem bom. Pode lá haver mais humilde nomeada para um homem que toda a vida trabalhou por conta de outrem, por todo este país, do Minho ao Algarve? Na sua casa nova fez questão de colocar duas fiadas de flores, feitas de 4 conchas pretas de mexilhão, num gesto artístico tão ingénuo quanto significativo da sua sensibilidade, e colocou sobre a porta de entrada um nicho com os três santos das festas populares, Santo António, S. João e S. Pedro. Reformou-se em 1978, passando a ocupar-se com tarefas a jornal. Na vida associativa, a que aderiu com entusiasmo, foi notado o seu empenho na angariação de patrocínios para o Festival de Folclore e para a Revista, como foi sempre notada a sua vontade de sair e de conhecer outras terras tocando, cantando e dançando. Nunca estava cansado para sair com o Grupo. A sua esposa bem pode testemunhar a sua prontidão para sair com o Grupo, sobretudo quando lhe parecia mais cansado e ela lhe dizia que «hoje não ia sair», que logo ele se arrebitava e dizia «agora não, olha que já estou pronto». Muitas vezes foram «ambos a dois» para o cumprimento de permutas e contratos, ele alegre e bem disposto e ela apreciadora deste convívio que a vida associativa proporciona. Aqui se recorda também a sua vontade expressa de ser ele próprio a construir a sede da Associação se acaso a sorte lhe compensasse as investidas no totoloto, nas raspadinhas, na lotaria e noutros jogos de fortuna em que gostava de insistir. Aqui se recorda o seu gosto de participar no cantar dos Reis, ainda que fossem cantados em casa de sua filha e fosse ele a pagar a festa.

A cultura popular deixa-nos as palavras na sua crueza de ironia, mas na sua plenitude de expressão: ser o homem conhecido pela mulher que esposou e serem ambos referidos a um presépio da natureza de um barraco, eis uma origem humílima desta nossa urbanidade contemporânea. E agora termos ouvido dele próprio a narração orgulhosa da sua história de vida, e agora termo-lo visto alguns anos aplicado a esse instrumentar rítmico das cantigas e danças que tão orgulhosamente apresentámos como marcas de nossa identidade, é sempre termos presente na razão e no coração uma nascente desse valor humano que é a humildade, não a resignação nem a desistência, mas a capacidade de nos estimarmos como somos e de termos orgulho em nós próprios.

O reque-reque é um instrumento percutivo de persistência, de regularidade e de regularização do ritmo, mas é também o instrumento popular mais privilegiado para a invenção de formas e para a ironia e para a sátira de tipos e ofícios, por isso requer quem o estime e quem lhe sinta o orgulho de ser tão preciso na tocata como os instrumentos fazedores da melodia. E o senhor João vivia essa missão cultural do instrumento, com a mesma humildade de vida e de trabalho.

Paz à sua alma e louvor ao seu exemplo. O futuro, não tenhamos ilusões, seguirá por esta via que é a de ser encarado como problema a resolver pelo trabalho persistente e regular, com uma marcação de ritmo que se adapte às suas voltas, com um desejo experimentado de improviso para os seus contratempos. Hoje, que sentimos no ar esta vontade urgente de tudo simplificar e abreviar, aceitemos a necessidade do treino dos pequenos gestos, aceitemos a necessidade do ritmo regular nas mais breves situações. Simplificar e abreviar não é saltar por cima, não é passar ao largo ou passar à frente. Os anos são afinal como nós próprios: o novo tudo quer para si como sonho e como expetativa, o velho tudo mostra em si como caso e circunstância. Os casos e as circunstâncias do Sr. João fazem parte da nossa história associativa. Saibamos preservá-los.

José Machado

Braga, Julho de 2007

Artur Caldeira

Artur Caldeira é natural de Braga, Portugal.

Licenciado em Guitarra Clássica e Mestre em Interpretação Artística pela Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo do Porto e na classe do Prof. José Pina, iniciou os seus estudos musicais no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, sob a orientação do mesmo Professor. É atualmente doutorando na “Universidade da Extremadura”, em Espanha.

Obteve o 1º prémio do concurso nacional “Parnaso 93” e o 1º lugar ex-aequo do “Prémio Helena Sá e Costa 1995”. Tocou com a Orquestra Clássica sob a direção dos Maestros Meir Minsky, João Paulo Santos, Marc Tardue e Niel Thompson e com a Orquestra do Norte sob a direção do Maestro Ferreira Lobo e gravou para a R.D.P..

Realizou concertos de Música de Câmara, designadamente a duo com o guitarrista José Pina, com quem realizou a estreia absoluta da obra “Itinerários” de Fernando Lapa, e o violoncelista Jed Barahal, com quem realizou a estreia absoluta das obras “Plural VIII” e “Lamentos” de Fernando Lapa. Apresentou igualmente em estreia absoluta a obra “Em Memória da Madrugada” para Guitarra Portuguesa e Orquestra, da compositora Marina Pikoul e sob a direção do Maestro David Lloyd.

Fundou o grupo “Som Ibérico”, para o qual escreve vários arranjos de temas da Música Popular Urbana Portuguesa. Com este grupo participou em importantes festivais de World Music na Península Ibérica e gravou um CD, assinando a produção e a direção musical.

Participou, como músico convidado, no filme “Fados”, do realizador espanhol Carlos Saura, ao lado de Mariza, Miguel Poveda, Paulo Soares, Juan Carlos Romero e Carlos do Carmo. No âmbito do Fado, trabalhou ainda com João Braga, Maria Ana Bobone, Ricardo Ribeiro, Ana Sofia Varela, Cláudia Madur, Diamantina, Carlos do Carmo, Ricardo Rocha, José Luís Nobre Costa, Joel Pina, entre outros.

A sua versatilidade permite-lhe abordar um repertório que abrange diversos idiomas musicais, incluindo o Jazz, tendo-se apresentado em público em Portugal Continental, Madeira e Açores, e ainda em países como Espanha, França, Itália, Alemanha, Dinamarca, Suíça, Marrocos, Moçambique e África do Sul.

Professor do Conservatório de Música do Porto desde 1992, leciona atualmente na ESMAE - IPP.

 

Royal Voices Choir

Royal Voices ChoirRoyal Voices Choir é um coro de câmara constituído por 10 elementos. Iniciou a sua atividade em Janeiro de 2014. Interpreta todo o tipo de repertório erudito, bem como, repertório de compositores portugueses contemporâneos. 

Já realizou inúmeros concertos, nomeadamente em Leiria (Teatro José Lúcio da Silva, e no Castelo), Albergaria-a-Velha, Aveiro, Braga, Afife. Participou num Concerto-Debate no “Festival Percursos da Música” 2014 em Ponte de Lima, com estreias mundias de obras e compositores portugueses.

Tem como pilares o profissionalismo e a intensa atividade artística que leva a cabo.



Sopranos
Daniela Matos
Teresa Pereira
Andrea Conangla Fernandes
Contraltos
Daniela Araújo
Rute Simone
Inês Teixeira
Tenores
João Pedro Azevedo
Francisco Berény
Baixos
Miguel Maduro Dias
Francisco Reis

Direção: Rafael Araújo

 

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