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Paulo Peixoto

Paulo Peixoto

A música surgiu cedo na vida de Paulo Peixoto, muito por influência familiar. Com um avô, tios, pais e um irmão apaixonados pela música, Paulo Peixoto depressa percebeu qual era o seu grande amor.

Em 1982 formou o grupo Anima, juntamente com Firmino Neiva, Manuel Beleza, Zé Menezes e Casimiro Talaia, para tocar standards e originais, na área do Jazz e da Fusão.

Em 1986, a convite de Pedro Abrunhosa, foi percussionista da Orquestra de Jazz do Porto, que foi o embrião dos futuros projetos do conhecido cantor português. Nesta época, estudou e tocou com Rui Júnior, na Escola de Jazz do Porto e integrou diversas formações, com Edgar Caramelo, Mário Laginha e outros.

Em 1996, juntamente com Manuel Beleza e Manuel Marques, formou o trio Sonoridades e participou no Festival de Jazz de Matosinhos e nas Jam Sessions do Festival de Jazz de Guimarães ao lado de músicos como Carles Benavent, Chano Dominguez, Jorge Pardo, Martin France, Nguyên Lé e outros.

Do seu percurso fazem parte ainda a participação no grupo Som Ibérico que se focalizava em novas abordagens da música Portuguesa, com uma vertente de música improvisada, no projeto Dança dos Homens, composto por músicos de várias áreas musicais, que exploram sonoridades que vão do Rock, à música Celta e a influências do Jazz e o grupo Origem Tradicional, com Daniel Pereira " Cristo ", Casimiro Pereira e outros amigos, com uma forte aposta na música das nossas raízes.

Para além deste trabalho, tem colaborado em vários projetos, como o trio de João Galante, André Sarbib e gravações em diversos contextos.

Tuna Estudantil

Tuna Estudantil, essa ilustre desconhecida, tão embebida que é, actualmente, em "tradições" de duvidosa índole, em mitos cavalgados até à exaustão e em percepção errónea por parte da comunidade civil, numa perspectiva distorcida.

A Tuna Estudantil é, ainda hoje, uma ilustre desconhecida da esmagadora maioria dos portugueses. A mais me atrevo, desconhecida dos seus próprios actores, num tempo onde o efémero da «ilusão de um instante» continua, nesciamente, a vingar sobre a perenidade da História.

Sempre houve estudantes brigões e provocadores, cantores de ocasião e perturbadores da ordem pública e do descanso alheio; sempre houve escolares apaixonados que escolheram o recato da noite para dar livre expansão aos seus sentimentos debaixo da janela da amada. O que não houve foi tunas. Não há até finais do séc. XIX formas de associação estudantil minimamente comparáveis às tunas. O que desfaz o mito de que as tunas nasceram "há 5 séculos atrás". E este é apenas um dos mitos que está, hoje, desmontado. Entre muitos outros.

Fenómeno musical por excelência, praticamente multitudinário, com raízes fundadas no seio popular e que, no caso português, são importadas para o meio estudantil, que lhe vai dando à medida dos tempos e da circunstâncias sócio/politicas, um determinado carácter.

Evolução

A sua evolução teve etapas distintas consoante os pontos cardeais onde esta expressão se fez sentir: Desde as Estudantinas clássicas que ainda hoje persistem na Europa Central, passando pela influência da Estudiantina Figaro - único fenómeno que atravessa transversalmente o tema desde a Europa à América Central e Sul - indo às Estudiantinas de Acetato e do interesse da industria de radiodifusão Norte-Americana por este fenómeno, nomeando a tradição tuneril centro e sul Americana, passando pela influência da Tuna Espanhola no nosso mais recente paradigma tuneril português e terminando na nossa própria tradição tuneril oriunda de finais do Século XIX, com as tunas dos Liceus Nacionais então a despontarem no dealbar do Século XX.

De facto, o fenómeno que mais nos influenciou no ressurgir desta expressão musical no seio estudantil universitário nos anos 80 do Século XX - hibernado que esteve por cá num hiato de quase 70 anos, onde apenas a Tuna Académica da Universidade de Coimbra e a Tuna do O.U.Porto existiram, em períodos de mais ou menos fulgor - foi a Tuna Espanhola a quem importamos muitos dos traços quer genéticos, quer iconográficos, misturando aqui e ali traços das nossas vetustas tunas de fins do Século XIX e adaptando o fenómeno aos tempos, numa evolução que - bem ou mal - ainda será caso de estudo nos tempos mais próximos.

A Estudantina ou Tuna Estudantil - é a mesma coisa, não há diferença alguma - teve várias evoluções ao longo dos tempos e Portugal não fugiu a tal regra, naturalmente. Contudo, em períodos mais ou menos definidos, a Tuna Estudantil afastou-se do paradigma musical com mais ou menos ênfase e consoante essa mesma evolução e contexto. Não deixa de ser curioso observar que nas tunas populares, p.ex, que ainda hoje existem, os reportórios incidiam não em temas populares portugueses mas antes em música erudita ou clássica, tocada «de ouvido» por quem não tinha formação musical para reproduzir partituras: A Chotiça não é mais que um aportuguesar da Scotish, por exemplo.

O mundo da Tuna Estudantil

O mundo desconhecido da Tuna Estudantil portuguesa é imenso, está ainda por explorar devidamente por parte do leitor, mesmo que existam hoje, já, estudos e trabalhos científicos de grande relevância que vão recolocando a Tuna Estudantil na senda da verdade histórica - tão deturpada que foi nos últimos 30 anos grosso modo - e que, ao estudá-la, permite uma completa e renovada visão da sua autenticidade, importância cultural e génese musical que detém efectivamente, descolando assim da imagem tão «martelada» que foi erradamente transmitida desde o seu ressurgimento nos anos 80/90 do Século passado.

Como bem diz Rafael Asencio, reputado investigador espanhol, ao jornal Información de Alicante, "No Século XIX entrar numa Tuna dava prestigio".

É esse o desafio que se coloca, hoje: Perceber quão válida é tal afirmação.

Ricardo T.

Origem Tradicional

Origem Tradicional – música tradicional portuguesa

Fundado em 1978, desde quando tem militado ininterruptamente pela música tradicional, o Origem Tradicional é dos grupos mais antigos da cena tradicional, folk e popular portuguesa. Tem percorrido Portugal de lés a lés, entre teatros, festivais e romarias, e, internacionalmente, em certames culturais folk e junto de comunidades emigrantes lusas, onde transmitem nos seus concertos a alegria de todo um povo e o seu património secular que, segundo eles, importa preservar.

Conta com seis trabalhos discográficos: os LP “Hei-de Subir ao Paço” (edição de autor, 1985), “Origem” (edição de autor, 1993), "Um sol maior" (Açor, 2007) e o EP "Ai bira que bira..." (Açor, 2011), o EP de Natal “Linda Noite” (edição online, 2013), estando a lançar o seu quarto álbum LP, "As boltas do bira" (Açor, 2014). Sem desvirtuar o seu passado e as suas sonoridades, querem que o novo álbum marque um ponto de viragem, tornando o seu som mais contemporâneo, voltado para um futuro que está aí, onde querem ter um papel importante na mostra da riqueza das nossas tradições às novas gerações e aos povos de todo o mundo...

Inserido no Grupo Cultural de S. Mamede de Este (Braga), fundado a 14 de Fevereiro de 1978, o Origem Tradicional assume a sua paixão pela música tradicional, dedicando-se ao estudo e à divulgação do nosso património etnomusicológico, entre viras, malhões, chulas e demais ritmos do folclore português.

Origem Tradicional tem sido presença assídua em Teatros, desde o Theatro Circo e o Teatro Vita, em Braga, ao Teatro da SOIR em Évora, em Romarias um pouco por todo o Norte do País e grandes Festivais de Música Folk e Tradicional como o mítico Andanças da Pé de Xumbo - S. Pedro do Sul e Castelo de Vide, o Arredas Folk - Barcelos, o Castro Galaico - Braga, o MascarArte - Bragança, A Festa do Caldo de Quintandona - Penafiel, o Festival de Música Tradicional de Braga, Die Lange Nacht der Music - Munique, entre outros...

"Num país onde a música tradicional é pouco reconhecida e valorizada, com uma projeção mediática praticamente nula, é de felicitar a constância de tantos anos de trabalho musical do Origem Tradicional, que foi compilando um vasto reportório de recolhas e de temas originais, que assim vão reinventando a tradição.."

Sara Vidal in Sons Vadios

 

Formação

Francisco Serafim

(Percursões)

 Paulo Peixoto

 (Percursões)

Eduardo Castro

(Baixo Acústico)

Carlos Cruz

(Cavaquinho)

Ana Pereira

(Flautas)

Raquel Ferreira

(Voz)

Casimiro Pereira

(Guitarra e Voz)

Pedro Guimarães

(Bandolim e Braguesa)

Ligações

Origem Tradicional  – Oh, Bento Airoso

Origem Tradicional  – Nana para Ingalhar Meninas

Manuel Freire

Manuel Augusto Coentro de Pinho Freire, nasce a 25 de Abril de 1942 em Vagos. Em 1945 vai para Ovar, onde vive mais de 40 anos, residindo desde 1988 em Vieira de Leiria.

EDUCAÇÃO

Depois de estudar em Ovar, completa o curso do Liceu em Aveiro. Em 1962 frequenta Engenharia Química na Universidade de Coimbra, transferindo-se, por exigência paterna para a Universidade do Porto em 1963. Interrompe os estudos em 64 para cumprimento compulsivo, durante 3 anos, do serviço militar em Mafra, Ota e Monsanto, tirando na Força Aérea o curso técnico de “Armamento e Equipamento de Aviões”.

Ainda durante o ensino secundário frequenta durante dois anos o “British Council”. Após o serviço militar ingressa na firma “F.Ramada”, em Ovar, onde trabalha 21 anos. Durante esse período faz dezenas de cursos técnicos de Informática, Marketing, Gestão de Recursos Humanos e Formação de Pessoal, no Porto e Lisboa, desenvolvendo os seus conhecimentos de Francês e Inglês, que completa com frequentes viagens, profissionais e não só, à Europa e à América do Norte.

Fala e escreve correntemente, Francês, Inglês e Castelhano, tendo ainda alguns conhecimentos de Italiano e Alemão.

ATIVIDADE PROFISSIONAL

Após terminar o serviço militar ingressa na firma “F.Ramada” como “Operador de Informática”, trabalhando nessa área de atividade 17 anos, consecutivamente como “Operador”, “Programador”, “Analista”, e durante 7 anos como responsável do Serviço de Informática, chefiando 30 pessoas num universo de 1200 trabalhadores. A convite da Administração da empresa, troca a Informática pela área comercial, sendo durante 4 anos responsável pela exportação da empresa. No último ano em “F.Ramada” passa a responsável pela “Formação” do pessoal.

Durante todos estes anos visita dezenas de Feiras de Informática e Industriais em Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Canadá e Estados Unidos da América do Norte, deslocando-se ainda por razões profissionais, à Bélgica, Brasil e Angola. Concebe, organiza, monta e dirige stands da empresa em várias Feiras Industriais na Alemanha, Canadá e E.U. da América do Norte.

Em 1988, por exclusiva decisão sua, abandona “F.Ramada” e ingressa na “Empresa de Limas União Tomé Féteira”, em Vieira de Leiria, onde, durante 11 anos, é Diretor Comercial. Nesse período organiza e dirige todos os anos, o stand da empresa na Feira de Colónia e na bienal  Feira de Bilbau.

Em Setembro de 1999 e por exclusiva decisão sua, abandona a firma, tornando-se “empresário em nome individual” na área da música.

Em Setembro de 2003 é eleito para Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores e em 2006 é reeleito para a mesma função. Em 2010 recusa a candidatura a novo mandato e abandona a SPA, por razões de saúde.

ATIVIDADE SOCIAL/POLÍTICA/MUSICAL

Em 1958 participa ativamente na campanha de Humberto Delgado para a Presidência da República, participando também nas campanhas eleitorais de 1969 e 73. Faz parte da organização dos “Congressos Republicanos” de Aveiro em 69 e 73.

Com 14 anos é co-fundador de uma coletividade, “Grupo Atlético Vareiro”, sendo dela eleito dirigente por várias vezes até 1974. Em 1982 é co-fundador de uma cooperativa cultural, “Sem-Margem”, e de um Jornal quinzenário, “Terras do Var”.

Nos primeiros anos do Século XXI cumpre dois mandatos como dirigente do “Sport Operário Marinhense”, coletividade da Marinha Grande.

Desde os 16 anos é ativista cultural, político e social, tendo sido por várias vezes eleito delegado sindical e membro da “Comissão de Trabalhadores” de “F. Ramada”.

Em Maio de 74 é eleito membro da “Comissão Administrativa” da Câmara de Ovar, nela permanecendo até à sua extinção. Em 1978 é eleito vereador da mesma Câmara. Desde 74 é candidato inúmeras vezes às “Autárquicas”, “Legislativas” e “Europeias” pelo MDP/CDE, FEPU, APU e CDU.

Em 1995 é-lhe atribuída pela Presidência da República a “Ordem da Liberdade” e em 1996 recebe a “Medalha de Prata” do Concelho de Ovar.

Começa a cantar muito novo, compondo músicas para poemas de diversos autores Portugueses, Brasileiros e Franceses. Desde então canta poetas portugueses (Carlos de Oliveira, Sidónio Muralha, José Gomes Ferreira, Manuel da Fonseca, António Gedeão, Martinho Marques, José Saramago, José Fanha, Pedro Tamen, Manuel Alegre, Vitorino Nemésio, Fernando Assis Pacheco, Vasco Pereira da Costa, etc.....) Seguindo o caminho apontado por José Afonso e Adriano Correia de  Oliveira,  põe desde logo a sua atividade nesse campo ao serviço das causas da Educação, Democracia e Liberdade, cantando de Norte a Sul de Portugal, para Coletividades Populares, Sindicatos, Associações de Estudantes, Ass. Culturais, Escolas, Bibliotecas, Ass. Recreativas, JOC, LOC, JEC, Autarquias, etc.., ultrapassando já os 1500 espetáculos. Canta em vários outros países da Europa, América e África. Compõe e interpreta música para Teatro e Cinema. Um texto que escreveu para uma canção, “Eles”, figura em diversos livros de ensino como introdução ao tema da Emigração. Participa em inúmeros programas de Rádio e Televisão, gravando vários discos (ver discografia).

Em 1969 surge no programa de televisão “ZIP-ZIP” com a canção “Pedra Filosofal” sobre poema de António Gedeão, que contribui decisivamente para o seu conhecimento pelo “grande público”.

Ainda em 1969 recebe o prémio da “Casa da Imprensa”, em 1970 o prémio “Pozal Domingues”, em 1995 a “Ordem da Liberdade” e em 1996 a Medalha de Prata do concelho de Ovar.

Em Setembro de 1999 abandona a atividade profissional de que sempre sobreviveu, e dedica-se a tempo inteiro à MÚSICA e à POESIA.

Continua a compor, a cantar e a ir a todos os sítios onde as suas canções podem ter alguma utilidade.

Recentemente, a convite do grupo Canto D’Aqui de Braga, participou no concerto de Tributo a Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira em 23 de Fevereiro no Theatro Circo de Braga, e no concerto Cantar Abril a 13 de Abril na Casa da Música do Porto.

Ligações

 Manuel Freire - Pedra Filosofal

 Manuel Freire - Eles

Discografia

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